quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O GRITO DOS EXCLUÍDOS

Salto sai na frente

Um movimento nacional que está crescendo, buscando tirar preconceitos e quebrar tabus, que apesar de ser promovido pela Igreja Católica, muitos católicos tem reservas de se envolver, que nada mais é do que falta de entendimento ou é influenciado pela mídia, não enxergando os valores de algumas causas, tais como o Movimento sem Terra, que julgados por alguns fatos pré-selecionados pela mídia por puro interesse econômico, despreza o ser humano, esquecendo que são pessoas comuns, carentes que a margem da sociedade buscam um pedaço de chão para o sustento de seus familiares. Ficando cegos, desmoralizando o movimento.

O GRITO DOS EXCLUÍDOS trouxe a chance para estes incompreendidos expressar sem reservas, expondo seus valores de luta e os verdadeiros motivos pelos quais se submetem a vivenciar os perigos das margens de estradas, em barracos que já por si demonstra a necessidade destes homens e mulheres de lutar pelos seus interesses. Além disso, o Grito não é de um movimento ou de uma realidade isolada, visa todas as formas de discriminação existentes.

Na cidade de Salto pelo terceiro ano consecutivo o grito foi dado, e neste ano com excepcional organização e bom senso daqueles que se uniram para realizá-los, com a união da Pastoral da Juventude, Pastoral Fé e Política, Cáritas (Pastoral Sociais), Comitê Sindical e com apoio incondicional de todos os Padres de nossa cidade. Uma semana inteira com diversos eventos,ocorreu do dia 22 a 27 de agosto, fechou com chave de ouro no sábado à tarde em frente à Igreja de Nossa Senhora de Monte Serrat. Onde tivemos a tenda do Grito, a tenda dos Mártires, algumas lideranças usaram do microfone e deram suas mensagens, pessoas comuns falaram o que sentiam e como viam a sociedade preconceituosa, dentre eles se encontravam diversos “moradores de rua”, que ficam ali na Praça da Matriz, e nos deram uma lição de vida, onde eles expressaram no microfone, todas as suas angustias, surpreenderam com suas declarações, nos chamou atenção quando um deles dizia que não são Moradores de Rua e sim em Situação de Rua, afinal de contas morar é numa casa. Foi bom, nos fez refletir apesar da maioria deles estarem em estado de graça pelo álcool.

Os preconceitos existem na maioria das vezes pelo não querer entender, o simples fato de ouvir pode mudar radicalmente a visão mesquinha da realidade. Neste ponto que o Grito dos Excluídos vem demonstrando que quebra barreiras, apesar de alguns acharem diferente, vamos ter humildade e procurar amar aqueles que não entendemos afinal conviver com quem gostamos é fácil, mas ser cristão é conviver com quem odiamos, com perdão.

Valter Berlofa Lucas

Pastoral Fé e Politica

“Desenvolvendo a Cidadania”

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