domingo, 13 de dezembro de 2009

O SUCESSO DE SER VOLUNTÁRIO

Em tempos de tempos confusos, onde é para fazer seca, chove e onde é para chover, faz seca. Onde homens matam sem motivo, por simplesmente discordar ou querer roubar, não valorizando a vida, desafiando a natureza, como se conseguisse dominá-la. Onde guerras acontecem por motivos banais que ao final não se sabe o que se sabia, pois ficou tão sem nexo que ao final pergunta-se, porque mesmo se guerreou. Onde os sentidos das coisas se perderam e os valores morais escureceram e desapareceram em meio ao mundo caótico, complexado, frustrado e aturdido pela empáfia de uma sociedade. Onde as pessoas acabam não se incomodando mais com a desgraça alheia, olhares nas TVs, que demonstram com tanta veemência a situações inúmeras de desespero humano e acabam achando que tudo é normal. E tem que acontecer inundação, assalto, assassinato, chacina, terremoto, maremoto, prédios racharem, casas desabarem, morros destruírem vidas, pois entendemos que somos culpados desta sociedade estar desvirtuada, jogamos para nós mesmos as responsabilidades de estar tudo um caos. Tudo bem e daí aceitar a culpa é até bem simples ao contrário de desafiá-la e partir para defesa ou ataque como queira definir. Ter a coragem e sair do comodismo e fazer a sua parte, sua pequena porção de colaboração para reverter a situação, sem desculpas de que uma andorinha não faz verão, no entanto nada que um monte delas para transformar-se em um espetáculo .O comodismo é tranqüilo, gostoso cômodo, e sem culpa, pois se não faço ninguém pode me julgar pelo que não fiz, não apareci, ninguém me vê e fico a espreita oculto e seguro na minha posição de nada fazer. Então levantar e sacudir a poeira da desilusão, da mediocridade, da covardia e fazer algo a mais do que deveria, do que poderia, porque não, ser um herói, não da massa, mas que seja de um só, estender a mão nem que seja para apontar um caminho, nos faz tão bem, transforma a alma, purifica o coração, bate tão forte que a emoção de ver um sorriso de agradecimento tamanho não há, o corpo treme, o peito aperta e o fôlego quase se esvai diante de uma criança feliz, de um velho voltar a ter esperança, de um doente voltar a sorrir. A doação de um tempo ínfimo pode valer por gerações, recuperar a vida alheia perdida pelos caminhos transviados pelas desilusões do destino. Isto tudo nos mostra o quanto uma simples palavra amiga, uma atitude acertada e oportuna pode dar sentido e dando novo rumo, salvando uma vida. Vale todo o esforço e com a prática do bem comum se segue com o ganho da garantia de segurança, da maturidade cristã, valorizando as pequenas coisas deixando para trás o pessimismo e conquistando o amor próprio, através da felicidade de outros. Esta é a chave do sucesso dando sentido do porque estamos neste mundo, tenha absoluta certeza disto.

Valter Berlofa Lucas
Pastoral Fé e Política
“DESENVOLVENDO A CIDADANIA”