terça-feira, 27 de maio de 2008

FÉ E POLÍTICA

Em muitos momentos se aproximaram da gente questionando, esta mistura de Fé e Política, sendo um ponto um pouco obscuro para alguns, que não conseguem entender porque envolver “Igreja com Política”. Filosofias e dogmas a parte, não significa que seguir a um determinado credo religioso, devamos permanecer espiritualmente fortes e socialmente fracos.

Como objetos de prateleira devam ficar a mostra, mas sem ação. Quer dizer que a santidade deve dar certo somente em estado da clausura, rezando e orando para Deus perdoar os pecadores. Diria que também faz parte deste plano de Deus, o respeito a liberdade de poder possuir direitos iguais. Querem o nosso conformismo e que sempre foi assim e deve permanecer desta maneira e não podemos fazer nada.

É no mínimo hilário, não estou aqui incitando uma revolução armada, mas revolução de conceito de pensamento. Ser participante ativo dos acontecimentos políticos, indagando as autoridades e mostrando os caminhos que podem ser seguidos para melhorar a vida dos que não conseguem por si só. Com certeza faz parte da caridade pregada por Jesus Cristo.

E vou dizer mais o cristão que se propõe a trabalhar com as questões sociais, deveria ter uma cadeira cativa no céu. Pois quando avançamos na questão de ajudar os mais necessitados, parece que esbarramos em barreiras cada vez maiores e sem reconhecimento. A perseguição vem à cavalgada tentando oprimir e desarticular este espírito de fraternidade, a Fé nestas horas deve ser muito mais fervorosa. E se não é o cristão que se propõe, pois nele habita o espírito de Deus, quem vai olhar pelos mais necessitados, aquele que é ateu, que pensa que veio do pó e do pó retornaremos e ponto final.

Dizer que a política é um ser maligno, e que todos que entram lá se transformam pelo mal não é motivo para se afastar, pois é aí que devemos combater e se envolver com mais fervor, temos que atuar com mais volume, pois somente se vence com valentia e determinação, se Jesus Cristo não desistiu de nós e veio mesmo sabendo que não reconheceríamos sua condição de filho de Deus. Quem somos nós para ser omissos e nos preservar do direito de expressar nossa fé, para aqueles que não acreditam.

Valter Berlofa Lucas
Coord. Pastoral Fé e Política
“DESENVOLVENDO A CIDADANIA”