VILA NOVA MARGINALIZADA
A Vila Nova, um bairro que de novo não tem nada, hoje pode considerar um dos bairros mais antigos de Salto, sempre esteve à margem da sociedade saltense, parece que não existe para o governo saltense. Principalmente a parte baixa, às margens do Rio Jundiaí, com sua poluição e cheiro às vezes insuportável, com suas enchentes, afetando diversos moradores que possuem suas casas como quintal o rio. Falta água pelo menos uma vez por semana. E tem como gratificação a intocável Eucatex, uma empresa que não se pode criticar, não pode ofender, não pode ao menos comentar o seu lado negro. Revestida de uma paixão saltense, onde o amor cega o seu lado obscuro, aquele que todo mundo vê a traição, e se omiti em dizer, temendo as conseqüências e possíveis represálias. Nós que moramos na Vila Nova, somos as vitimas e não os vilãos dessa história. Uma indústria consagrada, que realmente tem uma história de glórias mil, fornecendo bons empregos, sustentou por décadas a vida saltense, mas têm que ser apontado suas falhas, não de um ímpeto raivoso, mas através de um grito de socorro sufocado, mas explicito. Uma indústria que traz um barulho noturno acima do recomendado por lei, uma fumaça que de dia é branca e a noite é escura, o pó de madeira que enche nossos pulmões e casas, como se fosse normal, e devemos dizer graças a Deus por ela existir? Como podemos aceitar passivamente os efeitos de uma morte lenta pela poluição, como estivéssemos anestesiados. E o pior onde para as autoridades saltenses, tanto os vereadores como o prefeito, engoliu uma palestra cheia de palavras bonitas, conversa de investimentos de milhões e gráficos dada pelo dono da empresa que nem se estivesse surtado diria em sã consciência que sua empresa esta massacrando um bairro, e poluindo o meio ambiente, como uma pesquisa realizada pela própria empresa dizendo que o bairro está feliz, pode ser levada a sério. Sentimos-nos como Pinóquio, dizemos a verdade, mas com efeito de mentira. E ainda premiam com décadas de isenção de impostos e privilégios que qualquer outra indústria saltense jamais obteve.
Valter Berlofa Lucas
Pastoral Fé e Política
Cidadão e morador da Vila Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário